Os objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Em 2015, líderes mundiais se encontraram na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para a determinação dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Foram definidos 17 objetivos e 169 alvos para a agenda de 2030, com o foco de acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. 

Figura: ODS . Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Os desafios são enormes para o alcance de tais objetivos. Dentre os principais impasses, estão a não adesão à tratados internacionais ambientais por partes de nações expressivas como China e Estados Unidos, bem como a falta de integração e flexibilização entre diferentes setores, por exemplo, econômico, agrícola, transporte e de energia.

Contudo, a maior conscientização da população global e de governantes mostram que temos caminhado para o cumprimento desses objetivos, mesmo que não os consigamos alcançar dentro do prazo estipulado de 2030. 

A Nascente Engenharia sente um enorme prazer em afirmar que contribui com os objetivos do desenvolvimento sustentável, principalmente com os de número 6 (água potável e saneamento) e número 14 (vida na água).

Mesmo que não pareça, cada um de nós tem a capacidade de ajudar no alcance desses objetivos, pois mesmo em pequena escala, todas as nossas ações geram impactos.

Referências:

https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Smith et al. Integration: the key to implementing the Sustainable Development Goals. Sustainability Science. v. 12, 2016.

O perigo do Greenwashing

Com o agravamento dos problemas ambientais no século 21, instituições procuram cada vez mais o desenvolvimento e a comercialização de produtos que geram menos impactos ao meio ambiente.

De acordo com Nielsen Media Research (2015), 66% da população mundial prefere investir em produtos sustentáveis, mesmo que sejam mais caros. Existe uma importante pressão por parte dos consumidores e governos sobre as empresas, para o desenvolvimento de produtos verdes e para transparência quanto às atividades e seus impactos causados ao meio ambiente. Contudo, algumas empresas se aproveitam dessa nova tendência, por meio de um fenômeno denominado greenwashing.

O termo greenwashing, criado em 1986 pelo ativista Jay Westerveld, é hoje em dia um fenômeno multifacetado com diversas aplicações e definições. Dentre as mais utilizadas, é explicado como o ato de disseminação de informações falsas quanto aos impactos e à sustentabilidade de um produto, com o intuito de passar uma imagem positiva ao público.

Uma Empresa Greenwashing exerce dois comportamentos simultaneamente: impacto negativo ao meio ambiente e comunicação positiva sobre a sua performance ambiental. Quanto à performance, empresas podem ser enquadradas em duas categorias: empresa-marrom (aquela que exerce impactos negativos) e empresa-verde, que impacta positivamente o meio ambiente.

Enquanto uma parcela das empresas-marrom prefere permanecer silenciosa quanto aos seus impactos negativos, muitas delas comunicam seus impactos de maneira falsa. O contrário também acontece, e muitas firmas sustentáveis não comunicam com o público suas ações ambientais. Com isso, temos as duas categorias possíveis quanto a comunicação: empresas silenciosas e empresas vocais. Isso nos dá a possibilidade de analisar o comportamento de uma empresa em quatro categorias possíveis, como demonstra a imagem:

Figura: Tipologia de empresas baseada em sua performance ambiental e comunicação. Fonte: Delmas e Burbano (2011).

Nós como consumidores temos a responsabilidade de optar por empresas-verde e o poder de pressionar empresas-marrom para que as mesmas se adequem às novas demandas e necessidades de mercado. No ramo do tratamento de efluentes não é diferente, e muitas companhias se aproveitam da falta de informação e relaxamento de órgãos ambientais, propondo soluções não sustentáveis e causando um impacto negativo ao meio ambiente.

A Nascente tem a responsabilidade e o compromisso para que o greenwashing seja combatido e jamais utilizado.

REFERÊNCIAS:

De Freitas Netto, S. V. et al. Concepts and forms of greenwashing: a systematic review. Environmental Sciences Europe, v. 32, n. 1, 2020.

Delmas, M. A.; Burbano, V. C. The Drivers of Greenwashing. California Management Review, v. 54, n. 1, 2011.

Nielsen Media Research (2015) https://www.nielsen.com/us/en/insights/reports/2015/the-sustainability-imperative.html.